quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Segunda Etapa da Formação de Trabalhadores da Educação no Quilombo da Mussuca.

No último sábado (12), o Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Educação (NETE) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a partir do grupo de pesquisa Observatório de Educação, coordenado pela professora Dra. Sonia Meire, realizou na comunidade Quilombola da Mussuca, no município de Laranjeiras, a segunda etapa de execução do projeto Formação de Educadoras (es) na Escola Municipal Prefeito José Monteiro Sobral.

O projeto visa contribuir com o processo de formação de professores (as) e demais trabalhadores da educação, que atuam no campo sergipano a partir da História e Cultura Afro-Brasileira. Nessa perspectiva, o período da manhã foi discutido com os sujeitos presentes, questões ligadas à formação sociocultural da população negra brasileira, a partir do legado teórico construído pelo cientista social Clóvis Moura. No período da tarde, o tema que norteou a formação foi sobre o surgimento da Impressa Negra no Brasil.

Para Matheus Pacheco, componente do grupo e estudante do curso de Pedagogia da UFS, “os trabalhadores da educação e os moradores da comunidade local estão entusiasmados com o trabalho que estamos desenvolvendo. E esse entusiasmo se reflete em um processo mútuo de formação, pois, ao mesmo tempo em que transmitimos conhecimento, também recebemos o mesmo”.

Após as discussões os participantes do projeto reuniram-se em grupos para uma avaliação sobre o que foi produzido no dia, e já apontando a perspectiva de organização do calendário de atividades para o próximo ano, 2016.

"Esse momento de formação que estamos passando aqui é ímpar. Agora estamos entendendo as contradições socioeconômicas e raciais que estruturam a sociedade brasileira, e que por sua vez, desencadeia na prática do racismo sofrido historicamente pela população negra. Hoje entendemos que boa parte das técnicas desenvolvidas na agricultura fora desenvolvidas na África e trazidas no período em que o negro foi jogado na condição de escravo. Mas o racismo institucional no Brasil não nos permite tomar conhecimento desses trechos da história", afirma professora Aline Andrade.


A organização do encontro é realizada pelo Observatório de Educação, e conta com o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES.   

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