quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

I Encontro Estadual de Educação e Movimentos Sociais reuni várias comunidades de Sergipe no 1º dia

O ponta pé inicial foi dado! O primeiro dia do I Encontro Estadual de Educação e Movimentos Sociais representou um passo na construção de um novo modelo educação em Sergipe e no país. Catadoras de mangaba, professores, mulheres, estudantes e jovens do sertão debateram nesta terça-feira, 10, no Centro de Vivências da Universidade Federal de Sergipe (UFS), quais os caminhos para consolidar uma educação com a cara e a voz do povo. 
Para a representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Coletivo de Juventude do Alto Sertão, Rodjane Matos, a luta por uma educação no campo com qualidade representa uma busca por permanência dos estudantes na escola. “Com o fechamento das escolas no interior os estudantes tem que estudar em outras localidades, longe de suas origens. Esse problema vem causando prejuízos para crianças e famílias sertanejas”. Ademais, ela coloca que os ônibus que transportam os alunos são de péssimas condições.

Sobre transporte, Luiz Andrade – militante do Movimento Não Pago -, aponta que o debate do transporte se configura no acesso à educação. “Há um descaso na educação e no transporte que é oferecido à população, nas cidades e no interior. Isto constata a incompetência da gestão do estado em dois direitos sociais fundamentais”, aborda. 

A estudante de farmácia da UFS, Naira Gomes, revela que no encontro ela teve acesso a variados assuntos que não são abordados na academia. “É a primeira vez que visualizo um encontro como este aqui na universidade, que debata a educação como um todo. Na sala de aula não vemos isso. Acredito que os estudantes da universidade deveriam se apropriar mais desses espaços”. Ela, que participa do Coletivo de Mulheres de Aracaju, acrescenta que os Grupos de Diálogos, em específico o de Mulheres, foi muito enriquecedor para discutir o papel da mulher na educação e dentro sociedade.
Já a professora do Instituto Federal de Superior (IFS), Elza Ferreira, comenta que o mais importante é que o espaço é aberto e democrático. “Debatemos aqui algo que não está pronto, como acontece em encontros organizados por outras organizações. Vemos trabalhadores da educação  que conhecem realmente suas realidades. Estar sendo encantador”, diz Elza.

Cerca de 170 pessoas de 14 municípios compartilharam experiências e apontaram propostas no dia de hoje. Além dos momentos de debates, foram construídas novas formas de informação nas oficinas de educomunicação.


Amanhã acontecerá uma mesa redonda sobre o papel da escola e a universidade, às 09h. E na quinta-feira, dia 12, às 08h, na Praça Fausto Cardoso um Ato Público dará a tônica do que foi os três dias de encontro.

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